O secretário de Agricultura Familiar do Ministério
do Desenvolvimento Agrário, Válter Bianchini, reuniu-se, nesta
quinta-feira (5), com representantes estaduais do meio rural para
debater ações do governo relacionadas à agricultura familiar. O encontro
faz parte da programação do Coletivo de Política Agrícola, promovido
pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em
Brasília. Durante todo o dia, a equipe do ministério permanece com o
grupo para analisar as políticas públicas do último Plano Safra da
Agricultura Familiar e aperfeiçoar ações futuras.
Na abertura do evento, Válter Bianchini lembrou que
na última safra, pela primeira vez, o volume de crédito financiado pelo
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf),
superou o valor anunciado pelo Governo Federal. Foram contratados R$
19,2 bilhões, aproximadamente 7% a mais que os R$ 18 bilhões previstos.
Houve, também, um crescimento no número de contratos, que superaram 2,2
milhões em todo o Brasil. “Isso mostra que o Pronaf ampliou sua
abrangência e teve um crescimento significativo no valor de recursos,
nos últimos anos”, pontuou o secretário.
Além disso, segundo Bianchini, aumentou a
participação dos jovens e mulheres no acesso ao crédito. Dados do Banco
do Brasil, maior executor do Pronaf no País, informam que dos R$ 11,7
bilhões financiados pela instituição, R$ 1,6 bilhão foi destinado para
jovens e R$ 1,3 bilhão para mulheres – totalizando 25% dos contratos.
Outro destaque é o crescimento das operações de
investimentos, que foram responsáveis por quase 60% do montante
financiado pelo Pronaf. Com isso, os agricultores familiares estão tendo
mais acesso a tecnologias que promovem o aumento da produção,
produtividade e, consequentemente, renda.
Inclusão
O objetivo, segundo ele, é que cada vez mais este crédito
sirva para a inclusão socioprodutiva das famílias. “Nosso trabalho
agora é para avançar com a política de crédito nas áreas com maior
concentração de pobreza, que ainda não consolidaram a renda e a
agroindustrialização da agricultura familiar”, afirmou. E destacou a
importância da Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) nesse
processo. “Queremos qualificar o uso do crédito rural junto a estes
agricultores a que ele ainda não chega à medida que haja mais agilidade e
recursos", afirmou.
Portal MDA
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