Foto: Rafael Carvalho/MDA |
A construção do futuro do rural brasileiro feita de forma participativa,
por Governo Federal e sociedade civil, foi a tônica da abertura oficial
da 2ª Conferência de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário
(CNDRSS) nesta segunda-feira (14). A solenidade contou com a
participação de ministros de estado, representantes de movimentos
sociais e 1,2 mil delegados dos 26 estados e do Distrito Federal.
O presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural
Sustentável (Condraf) e ministro do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe
Vargas, destacou a presença de mais de 60% da sociedade civil organizada
na Conferência. “Essa é a Conferência da igualdade, da participação
social, da esperança crítica e da consolidação da agricultura familiar. O
desenvolvimento rural precisa ser feito em sua plenitude, garantindo
terra para quem não tem terra e mais terra para quem tem pouca terra.”,
avaliou.
Anfitrião do evento, Pepe Vargas comemorou a paridade entre gêneros e
a participação da juventude no evento, duas premissas da Conferência.
“É muito bonito que essa demanda tenha vindo do rural brasileiro. Ter
metade de mulheres e pelo menos 20% de jovens garante que todos serão
ouvidos e atendidos”, afirmou o ministro.
Pepe Vargas apontou os desafios para os próximos anos e destacou os avanços e conquistas do Governo Federal, principalmente na reforma agrária. “Dos 88 milhões de área reformada, 65% foram obtidos nos últimos 10 anos, nos governos Lula e Dilma”, assegurou.
Movimentos Sociais
O ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República,
Gilberto Carvalho, renovou o compromisso de diálogo do Governo Federal
com o povo brasileiro. “Talvez a melhor coisa que nós fizemos foi apoiar
o surgimento da sociedade civil para construir políticas públicas. Esta
é, sem dúvida, a maior vitória do Governo Federal. E isso ninguém tira
da população, essa organização em prol do avanço”, celebra.
Representante dos 18 povos e comunidades tradicionais presentes,
Maria Helena Rodrigues, afirmou estar honrada por representar mulheres e
jovens brasileiros do meio rural, que compõem mais de 70% da plenária
da Conferência. “Nós estamos construindo o nosso futuro. O futuro dos
nossos filhos, dos nossos jovens. Queremos permanecer no meio rural, na
nossa comunidade, com vida digna.Queremos construir um plano com a cara
do Brasil, que seja diverso e que contemple a todos”, disse.
Segundo o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (Contag), Alberto Broch, os delegados representam a
diversidade do campo brasileiro. Ele apontou a reforma agrária como
principal desafio do desenvolvimento rural. “Precisamos olhar com
carinho para essa questão do acesso à terra. Entendemos que é uma
oportunidade imensa que o meio rural brasileiro tem de avaliar as muitas
políticas públicas do Governo Federal no campo”, salienta.
Até chegar à Conferência Nacional, foram realizados quase 500
encontros, entre intermunicipais, territoriais, livres, temáticos e
estaduais. Com isso, mais de 40 mil moradores do campo, entre
agricultores familiares, assentados da reforma agrária, povos e
comunidades tradicionais, mulheres e jovens participarão da construção
do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, que
norteará o rural brasileiro pelos próximos anos.
Participaram ainda do evento representantes dos ministérios da
Educação, Saúde, Integração Nacional, Desenvolvimento Social e Combate à
Fome e da Secretaria de Políticas para as Mulheres, o presidente do
Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos
Mário Guedes de Guedes, além de representantes dos movimentos sociais de
mulheres, quilombolas, indígenas, extrativistas, pescadores artesanais,
cooperativas e jovens.
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