As prateleiras dos supermercados e a mesa do brasileiro estão, cada vez mais, cheias de alimentos orgânicos. A crescente preocupação com a saúde alimentar tem feito com que produtos livres de aditivos químicos sejam uma boa pedida na hora de montar o prato. A nutricionista Meg Schwarcz, há nove anos no Hospital Universitário de Brasília (HUB), afirma que esse tipo de alimento contribui, a longo prazo, para manter uma boa saúde. “Eles livram as pessoas da ingestão de substâncias químicas como pesticidas, que em grande quantidade podem causar gastrite, úlcera e até câncer”, explica.
O
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) incentiva a produção
agroecológica por meio do fortalecimento das redes e organizações
que atuam com agricultura familiar e no incremento à comercialização
em supermercados. Segundo o consultor da Temática de Orgânicos e
Mercados Diferenciados da Secretaria da Agricultura Familiar (SAF),
do MDA, Alberto Wanderley, nos últimos três anos, o ministério
investiu mais de R$ 39 milhões para impulsionar a produção de
cerca de 87,4 mil agricultores familiares envolvidos com agricultura
orgânica e agroecológica no Brasil.
O
alimento orgânico tem ganhado mercado por ser produzido de forma
natural, sem o uso de pesticidas, herbicidas e adubos
sintéticos e por conter maior quantidade de vitaminas e sais
minerais. Segundo a nutricionista Meg, além de vegetais, os produtos
animais, como carnes e ovos, também podem ser considerados orgânicos
se produzidos sem aditivos de hormônios e fertilizantes.
Nas
prateleiras da Rede Pão de Açúcar, em Brasília, os orgânicos
estão presentes em grande quantidade. Segundo o consumidor de
produtos orgânicos Paulo Castelo Branco, esse tipo de alimento está
na mesa de sua casa há muito tempo. “Minha família inteira
consome orgânicos. Nos preocupamos com nossa saúde e sabemos que
esses alimentos livres de produtos químicos são melhores”, conta.
A consumidora Dalva Siade também apóia o consumo de orgânicos,
“eles são mais saborosos e saudáveis”, ressalta.
De acordo com a nutricionista, a única desvantagem do alimento orgânico é o preço. “São muito mais caros do que os convencionais, mas prefiro gastar mais e comer algo benéfico, que vai me ajudar a manter uma boa saúde”, afirma a consumidora Neire Paulino. Ela conta que sente falta de mais opções e que os supermercados deveriam aumentar a variedade desse tipo de produtos. “Sinto falta de alguns produtos, como a cenoura, que começou a ser vendida agora, brócolis e as frutas, que quase não encontro”, relata.
Dentre os programas de incentivo específicos para a agricultura familiar orgânica ou agroecológica do MDA destacam-se o Pronaf Agroecologia e o Pronaf Sustentável. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) também está entre as ações do ministério voltadas ao incentivo à produção de alimentos orgânicos.
De acordo com a nutricionista, a única desvantagem do alimento orgânico é o preço. “São muito mais caros do que os convencionais, mas prefiro gastar mais e comer algo benéfico, que vai me ajudar a manter uma boa saúde”, afirma a consumidora Neire Paulino. Ela conta que sente falta de mais opções e que os supermercados deveriam aumentar a variedade desse tipo de produtos. “Sinto falta de alguns produtos, como a cenoura, que começou a ser vendida agora, brócolis e as frutas, que quase não encontro”, relata.
Dentre os programas de incentivo específicos para a agricultura familiar orgânica ou agroecológica do MDA destacam-se o Pronaf Agroecologia e o Pronaf Sustentável. O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) também está entre as ações do ministério voltadas ao incentivo à produção de alimentos orgânicos.
Por
meio do PAA, o MDA oferece vantagens aos agricultores familiares que
usam o sistema de produção agroecológica ou orgânica. O preço
pago pelo produto orgânico é 30% maior do que o valor pago aos
produtos convencionais.
A
Cooperativa Mista dos Agricultores Familiares, Extrativistas,
Pescadores e Vazanteiros (Coopcerrado) é um exemplo do aumento
considerável da produção de alimentos orgânicos. A Coopcerrado
existe há 12 anos e trabalha com vários produtos orgânicos do
cerrado como o baru, um tipo de castanha, e a pava dantas, uma planta
medicinal. Em 2011 sua produção foi de 250 a 300 toneladas de
frutos que vão para a alimentação escolar por meio do Programa
Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e PAA. A cooperativa fornece
desde os chamados cookies, granola, 100 sabores de barras de cereais,
até melancia, milho verde e abóbora.
De
acordo com a coordenadora técnica, Alessandra Karla da Silva, em
2011 a Coopcerrado alcançou a marca de R$ 2,8 milhões com a venda
de seus produtos. “Para este ano, a meta é dobrar esse número
global. Hoje atendemos Brasília, Goiânia e o entorno de Goiás e o
Distrito Federal. Queremos expandir para São Paulo e outras cidades
que têm demonstrado interesse em nossos produtos”, afirma.
No início, a Coopcerrado tinha 62 famílias de assentados, extrativistas, pescadores e vazanteiros. Hoje, são 1,6 mil famílias em 45 municípios e três estados. Segundo Alessandra, atualmente a cooperativa está desenvolvendo novos produtos para a alimentação escolar, que deverão ser lançados ainda este ano.
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
No início, a Coopcerrado tinha 62 famílias de assentados, extrativistas, pescadores e vazanteiros. Hoje, são 1,6 mil famílias em 45 municípios e três estados. Segundo Alessandra, atualmente a cooperativa está desenvolvendo novos produtos para a alimentação escolar, que deverão ser lançados ainda este ano.
Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE)
O PNAE é uma ação do governo federal, que garante alimentação escolar aos alunos do ensino infantil, fundamental e médio das escolas públicas e filantrópicas. Os recursos financeiros são repassados para todos os estados e municípios por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento para a Educação (FNDE). Tem como objetivo a promoção da alimentação saudável e segura e o respeito à cultura e às tradições de cada região. De acordo com a Lei da Alimentação Escolar (nº 11.947/2009/FNDE), no mínimo, 30% dos recursos do fundo para a alimentação escolar devem ser aplicados na compra direta de produtos da agricultura familiar.
Programa
de Aquisição de Alimentos (PAA)
Criado
em 2003, o PAA faz parte do grupo de ações do Fome Zero para
garantir o acesso a alimentos em quantidade e regularidade. O PAA
também incentiva a formação de estoques estratégicos de alimentos
e permite aos agricultores familiares armazenarem produtos para a
comercialização.
Pronaf
Agroecologia
O
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf)
Agroecologia é uma linha de crédito para financiamento de
investimentos nos sistemas de produção agroecológicos ou
orgânicos, incluindo custos de implantação e manutenção dos
empreendimentos. O limite da operação é de R$ 130 mil e o prazo de
pagamento é de até dez anos. A taxa de juro é de 1% ao ano, para
os investimentos de até R$ 10 mil, e de 2% ao ano, para
financiamentos entre R$ 10 mil e R$ 130 mil.
Pronaf
Sustentável
Diferente
de uma linha de crédito, o Pronaf Sustentável é uma metodologia de
atendimento associado feita por técnicos da assistência técnica e
extensão rural para planejar, orientar, coordenar e monitorar a
implantação de financiamentos via agricultores familiares e
assentados da reforma agrária. Essa metodologia tem enfoque
sistêmico, ou seja, global, e é realizada no âmbito das
modalidades do Pronaf.
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