terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Pronaf ajuda produtora rural a profissionalizar seu empreendimento

Foto: Andrea Farias/MDA


A ardência das pimentas agregada ao sabor adocicado das geleias tem sido uma união cada vez mais apreciada na gastronomia brasileira. No município de Atalaia, no interior do Paraná, a agricultora e produtora rural Maria Lúcia da Silva, 45 anos, recorreu ao financiamento do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mulher, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), para tornar a mistura o carro-chefe do empreendimento familiar Sabor da Vila, mantido por ela e pela filha, Olívia Angélica Silva, 22.

Conhecida na região apenas como Lúcia, a produtora explica que o nome da empresa faz referência à Vila Rural João de Barro, onde há dez anos possui uma propriedade com menos de meio hectare. O empreendimento, de fato, surgiu em 2006, quando dona Lúcia começou a vender sua produção para uma empresa da região. “Sempre sobrevivi plantando e vendendo na feira da cidade, até conseguir comercializar toda minha produção para uma firma de uma cidade vizinha. Depois disso, passei a vender os produtos já processados.”

As encomendas começaram a crescer e o desejo de expandir o Sabor da Vila também. Com um ano de funcionamento, dona Lúcia decidiu acessar o Pronaf Mulher para estruturar mais rápido seu empreendimento. No total, foram realizados dois financiamentos, uma particularidade da linha de investimento especial para as agricultoras familiares.

Os recursos foram aplicados em melhorias pontuais para os negócios. Dona Lúcia usou o dinheiro para construir e equipar a fábrica do empreendimento, que possui aproximadamente 60m², e ainda para colocar rótulos e etiquetas com códigos de barras nos produtos.  Ela garante que as vendas aumentaram com o investimento. “Ninguém compra um produto que não esteja dentro da conformidade da legislação, sem o rótulo de identificação, por exemplo”, explica. A agricultora e sua filha também produzem patê de berinjela e conservas de verduras, como pepino, quiabo e jiló. A maioria da matéria-prima é cultivada por elas.

Hoje, ela vende seus produtos para uma rede de supermercados que abastece Maringá – um dos maiores municípios paranaenses – e região, além de participar de feiras. “Quando vejo meu produto no mercado, ao lado de grandes marcas, percebo que fui muito além do que um dia imaginei. É uma sensação única, gratificante. Hoje podemos não só plantar, como também agregar valor e vender. Você consegue ter um resultado real no fim”, comemora. “Comecei a produzir sem o Pronaf, mas, com certeza, não conseguiria comercializar e expandir sem ele”, revela dona Lúcia.

Para o futuro próximo, dona Lúcia pretende investir na distribuição de seus produtos. Ela deseja comprar um veículo utilitário para acelerar suas vendas. O capital para a aquisição deverá vir do Pronaf. “Eu me sinto resultado dos programas governamentais, porque, se não fosse o empréstimo, provavelmente, demoraria muitos anos para chegar onde já estou hoje, para conseguir me estabilizar”, finaliza.

Acesse aqui outras informações sobre as linhas de crédito do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Fonte: www.mda.gov.br/portal/noticias/item?item_id=10968114

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