segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Evento fortalece debate sobre capacidade produtiva dos povos indígenas

Foto: Albino Oliveira
Na busca pelo fortalecimento e ampliação das discussões em torno da segurança e soberania alimentar e nutricional dos povos indígenas brasileiros, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) promoveu a 1ª Feira Nacional da Agricultura Tradicional Indígena. Durante nove dias, o espaço montado nos Jogos dos Povos Indígenas 2013, realizados entre 8 e 16 de novembro, em Cuiabá, recebeu cerca de dois mil visitantes que tiveram a oportunidade de conhecer a cultura e o modo de produção das 15 etnias participantes.
Neste período, foram realizadas várias reuniões entre órgãos de governo e indígenas para discutir questões ligadas à produção, comercialização e políticas públicas. A partir dos debates, foram definidas ações necessárias para melhorar a capacidade produtiva dos povos indígenas, tanto para comercialização como autoconsumo. Nos estandes,  agricultores venderam seus produtos e trocaram sementes com parentes de outras etnias.
“Por meio da feira cumprimos um papel importante. O de mostrar um pouco do que vem sendo produzido pelos povos indígenas por meio de suas inúmeras etnias espalhadas em todas as regiões do Brasil”, avalia o assessor especial para Povos e Comunidades Tradicionais do MDA, Edmilton Cerqueira. Os resultados também puderam ser vistos nos próprios estandes. Desde o milho, o cará, o chocolate orgânico, o mel, quase todos os produtos levados, foram comercializados.
O evento também funcionou como momento para articulação do MDA com outros órgãos ligados à temática, como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Fundação Nacional do Índio (Funai). “Marcou o estabelecimento de parcerias para o fortalecimento das políticas e apoios para a soberania alimentar de povos indígenas. Enquanto instituições do Governo Federal, somos colocados como corresponsáveis no etnodesenvolvimento destes povos na geração de alimentos sadios e em quantidade e qualidade para atender suas demandas”, pontua a pesquisadora Embrapa, Terezinha Dias.
Além da Feira, o espaço do MDA recebeu, ainda, o 1º Encontro Nacional de Agentes de Leitura Indígenas, com 18 voluntários de nove estados brasileiros. Eles debateram sobre o papel que irão desempenhar enquanto promotores da cidadania e como a leitura pode servir de instrumento para a preservação da cultura indígena. “O encontro foi enriquecedor e ajudou a aprimorar o incentivo às práticas de leitura nas aldeias. Após as capacitações, trocas de experiências e oficinas, eles voltaram mais motivados para suas aldeias”, conta a coordenadora nacional do Arca das Letras no MDA, Dione Ferreira.

Portal MDA

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