quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Experiências em diversidade produtiva são expostas em Congresso de Agroecologia


Foto: Albino Oliveira
As experiências nacionais e internacionais ganharam espaço para serem expostas aos participantes do Congresso Brasileiro de Agroecologia, em Porto Alegre, nesta quarta-feira (27). A mesa redonda Diversidade Traduzida em Experiências reuniu quatro palestrantes que, durante a manhã, falaram de seus trabalhos relativos à diversidade produtiva. 
A nutricionista da Organização Não Governamental Ação Nascente Maquiné (Anama), Mariana Ramos, mostrou o trabalho feito com frutas nativas da Mata Atlântica. A ONG trabalha com a conversão dos sistemas produtivos tradicionais para o agroecológico. "A gente quer aumentar a produção e a demanda de frutas nativas, mas nos sistemas diversificados", afirmou. 
Para contar um pouco sobre a experiência do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), voltado para a agricultura camponesa, Anderson Munarini falou sobre soberania genética de sementes. O movimento iniciou em 1997, no município de Anchieta (SC), onde reúne cerca de 70 famílias camponesas, e hoje está em 17 estados. "Nós iniciamos um trabalho com sementes naturais e crioulas, porém em transição. Estamos dando começo ao trabalho de transição da produção tradicional para a orgânica com essas famílias", ressaltou. 
Atualmente, 130 famílias vivem da agrofloresta na Cooperafloresta, é o que afirma o representante da cooperativa, Nelson Neto. A cooperativa comercializa sua produção par o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e trabalha com mais de 250 variedades de frutas. "Conseguimos aumentar a renda monetária das famílias de 0,2 salário mínimo para 1,5 salário mínimo", destacou Nelson. Para ele, o maior resultado das famílias na cooperativa é "o renascimento do espírito de agrofloresta, algo precioso", declarou. 
Cooperativa 
A Cooperafloresta existe desde 1996 e atua em municípios do Paraná e São Paulo. O agricultor Nelson classifica o trabalho da cooperativa como a agricultura dos que não possuem a terra, mas pertencem a ela. "Para nós, a agrofloresta significa a libertação da ilusão da agricultura capitalista", disse. 
O argentino Lucho Lemos explicou como funciona o trabalho do Programa de Agricultura Urbana de Rosário, na Argentina. Lá, eles estão traçando uma forte luta contra os transgênicos e também trabalham com sementes crioulas. "Nas regiões campesinas nossas sementes não estão contaminadas e estamos trabalhando fortemente isso", disse. 
Serviço 
VIII Congresso Brasileiro de Agroecologia. 
Data: Até 28/11 (quinta-feira). 
Horário: 8h30 às 18h. 
Local: PUCRS – Avenida Ipiranga, 6681 - Partenon, Porto Alegre. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Continue interagindo!