sexta-feira, 1 de junho de 2012

Agricultores familiares ganham linha de crédito de custeio



Os agricultores familiares afetados pela seca na área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e afetados por enchentes na Região Norte contam, agora, com uma linha de crédito especial para custeios agrícolas e pecuários. A nova linha, voltada para agricultores familiares enquadrados no Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (Pronaf/MDA), visa contemplar os municípios que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública em decorrência da estiagem no Nordeste ou das enchentes no Norte . O prazo para contratar o financiamento vai até 30 de dezembro deste ano. 

O limite de crédito de custeio por agricultor é até R$ 12 mil. O prazo para pagamento é até cinco anos, com um ano de carência. A taxa de juros é de 1% ao ano. O agricultor conta, ainda, com um bônus de adimplência de 40%. O beneficio será concedido aos agricultores que pagarem as parcelas dos financiamentos no prazo contratado. Agricultores do Grupo B – que têm renda bruta anual familiar até R$ 6 mil – poderão requerer até R$ 2,5 mil por beneficiário. 

As novas medidas são complementares às resoluções nº 4.077 e nº 4.078 de 2012. A criação da linha foi aprovada nesta quarta-feira (30) pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a pedido do Ministério do Desenvolvimento Agrário. A ação é uma resposta às demandas das regiões, com base em informações dos técnicos da assistência técnica e extensão rural que acompanham os agricultores familiares; especialmente os que se dedicam a criação de caprinos, ovinos e bovinos. 

A medida visa assegurar crédito aos agricultores familiares prejudicados por eventos climáticos para eles se recuperarem das perdas de renda."Essa medida mostra a sensibilidade do Governo Federal em relação à situação dos agricultores familiares dessas regiões", ressalta o secretário de Agricultura Familiar do MDA, Laudemir Müller. 

O crédito de custeio permite o atendimento das despesas normais do ciclo produtivo de lavouras e da exploração pecuária. O custeio é importante para viabilizar, principalmente, a aquisição de alimentos para os animais, a produção de cana de açúcar, a silagem torta de algodão e outros, já que a seca dizimou toda a reserva alimentar dos pecuaristas. "De todo o recurso que o agricultor acessar ele só vai precisar pagar 60% do valor financiado. O nosso objetivo é dar condições tanto para a manutenção da atividade produtiva neste momento como, também, para a melhora de infraestrutura, com obras hídricas para melhorar a convivência com o semiárido", destaca Laudemir Müller. 


Perdas
Agricultores familiares dos municípios atingidos se dedicam, especialmente, à produção de alimentos, como milho, feijão, hortaliças, leite, mandioca, inhame e cará , além de ovinos e caprinos, fornecendo para o mercado interno. 

A seca provocou perdas nas lavouras e na pecuária, causando grandes prejuízos para o setor rural, especialmente para os agricultores familiares, segundo aponta documento apresentado à Presidência da Republica e assinado pelos ministros do Desenvolvimento Agrário, da Fazenda, da Integração Nacional e do Planejamento. 

O documento destaca que "a perda na safra atual da Região Nordeste alcança índices de mais de 90% nas lavouras de feijão e milho e de 40% a 70% nas lavouras de mandioca e mamona. Muitos criadores de ovinos e caprinos estão sendo obrigados a vender os seus rebanhos para que não pereçam por falta de água e alimentos Os custos para a concessão dos financiamentos serão assumidos pelos Fundos Constitucionais de Financiamento do Nordeste (FNE), do Norte (FNO) e do Centro-Oeste (FCO).  

Fonte: http://www.mda.govbr/portal/noticias/item?item_id=9797974

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